
Os líderes do esquema criminoso que teria desviado R$ 12 milhões em Formosa do Rio Preto, no oeste da Bahia, estão entre os nove presos da Operação USG, deflagrada na manhã de terça-feira (18). Segundo fonte policial consultada, eles são Hildjane Leite, José Rocha Mascarenhas e Raimunda Eliane Soares Pedrosa, que se valiam das posições que ocupavam em cargos públicos para viabilizar todo o esquema.
Hildjane concorreu a vereador nas últimas três eleições, sendo eleito em 2016, derrotado em 2020 e reconduzido ao cargo em 2024. Natural de Urandi, mora em Formosa do Rio Preto há mais de vinte anos. Além da função na Câmara, já foi duas vezes secretário de Saúde do município.
Como os desvios funcionavam
As investigações revelaram uma estrutura criminosa voltada para o desvio de verbas da saúde pública. O núcleo central da organização era formado pelos ex-secretários municipais que, com o auxílio de familiares e empresários, controlavam contratos de clínicas e laboratórios credenciados pelo município.
O mecanismo de fraude incluía a emissão de exames, plantões e atendimentos fictícios, além de lançamentos completamente incompatíveis com a dinâmica assistencial do município. Uma das irregularidades identificadas foi a quantidade de ultrassonografias, considerada nove vezes superior à média regional.

Operação mira grupo que desviou R$ 12 milhões da saúde pública



