O apartamento da idosa Rita Maria Britto Fragoso e Silva, de 64 anos, no Itaigara, não apresentava sinais de arrombamento, de acordo com familiares dela. A bancária foi encontrada morta dentro do imóvel, no sábado, 14, e o corpo tinha sinais de violência. Até o momento, ninguém foi preso.
Com isso, há suspeita de que a própria idosa tenha aberto a porta antes de morrer, e a família confirmou que o apartamento tinha “olho mágico” para visualizar o lado de fora. No entanto, a possibilidade ainda está sendo analisada pela polícia, que teve acesso às câmeras de segurança do condomínio e dos arredores da região, nesta segunda-feira, 16. Os agentes trabalham com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte).
Sob forte comoção, o corpo da idosa foi sepultado na tarde desta segunda, por volta das 15h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Salvador. A cerimônia contou com cerca de 300 pessoas, entre familiares e amigos. Porém, os filhos dela, que moram em Portugal, não estavam presentes, e só devem chegar na quarta-feira, 18.
Mistério
Segundo informações de familiares e da polícia, Rita, que trabalhava em uma agência do Banco do Brasil, saiu do banco na quinta-feira, 12, à tarde, por volta das 16h. Ela fez um saque de R$ 35, comprou um medicamento em uma farmácia e seguiu para casa. A idosa foi encontrada morta com a mesma roupa que usava no trabalho, dentro do quarto, com a porta trancada.
Como ela não respondia as mensagens do grupo e nem apareceu no emprego, a família ficou preocupada. No sábado, 14, pela manhã, um sobrinho foi até o apartamento dela, e se deparou com o corpo da tia, já em estado de putrefação.
Rita foi encontrada deitada na cama, com um travesseiro no rosto. Por isso, inicialmente, a família achou que a morte teria sido natural. No entanto, durante as análises do cadáver, a equipe do Instituto Médico Legal (IML) identificou sinais de estrangulamento. Um cabo de celular estava enrolado no pescoço da idosa, com vários nós, e o local estava repleto de sangue.
Conforme a família, todas as janelas do apartamento estavam fechadas. Um notebook, o celular, além dos cartões, foram levados. No entanto, nem o carro da vítima, tampouco outros objetos de valor foram roubados. A polícia confirmou que algumas transações e saques utilizando os cartões de Rita foram realizadas.
Nenhum vizinho relatou ter escutado gritos ou pedido de ajuda. Em nota, a Polícia Civil informou que a 1ª DH / Atlântico solicitou e acompanhou equipes do Departamento de Polícia Técnica (DPT), nesta segunda-feira, em uma perícia complementar no apartamento de Rita, com o objetivo de encontrar mais vestígios do crime.
A unidade especializada já ouviu algumas testemunhas e segue com as oitivas de outras pessoas. “Durante a ação investigativa, também ficou constatado que alguns pertences foram subtraídos. Laudos periciais vão auxiliar no esclarecimento das circunstâncias da morte”, informou o órgão.
Fonte: Atarde, 17/05/2022