Após vencer as eleições do Congresso, o Centrão pretende dividir o protagonismo político com os militares nos ministérios e voltar aos seus tradicionais cargos na máquina pública. A informação foi revelada hoje (7) pelo jornal Estadão.
Segundo a reportagem, o grupo quer tomar as pastas da Saúde, de Minas e Energia e setores da Infraestrutura, chefiadas por militares. Além disso, os ministérios da Cidadania e do Desenvolvimento Regional também indicam ser alvos.
Para tentar conter o avanço da tomada do poder pelo Centrão, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) cogitou criar novos ministérios, mas depois voltou atrás. Estes, porém, não teriam disputa de espaço considerável com militares, nem considerados de primeira linha. O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), um dos principais representantes do bloco que agora forma a base do governo, desdenhou do plano. “Quem está correndo atrás de ministério da Cultura, do Esporte e da Pesca?”, questionou.
A ocupação do Centrão no primeiro escalão de Bolsonaro vai de encontro com as promessas de campanha do chefe de Estado e preocupa generais da ativa no governo.
Fonte: Metro1, 07/02/2021