A Bahia é o quarto estado com a população mais elevada do país, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o órgão, o estado tem 14.930.634 habitantes.
“As pessoas acabam migrando, saindo das suas cidades em determinado tempo da vida, porque não encontram ali oportunidades de continuar estudos ou de trabalho. São municípios que não têm economias dinâmicas, que dependem muito de serviços públicos, então eles não conseguem reter a população”, explica a supervisora do IBGE Bahia, Mariana Viveiros.
Apesar disso, de acordo com o órgão, a capital baiana ainda é a 4ª maior cidade do país com uma população de cerca de 2.886.698 habitantes.
“Salvador teve um crescimento na expansão muito grande depois de 2010, mas aos poucos, ela está chegando na sua saturação. Alguns dos municípios que mais crescem na Bahia estão na região metropolitana de Salvador, porque é mais barato, porque você pode ter uma qualidade de vida um pouco melhor”, contou Mariana Viveiros.
A dimensão populacional também pode ser vista em outros números. Em Salvador (2.886.698) e Feira de Santana (619.609), as duas maiores cidades do estado, moram cerca de 3,5 milhões de pessoas. Isso significa que a cada cinco baianos, um mora nesses dois municípios.
Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, é o terceiro com maior população (341.128), seguido por Camaçari (304.302), Juazeiro (218.162), Itabuna (213.685), Lauro de Freitas (201.635), Ilhéus (159.923), Teixeira de Freitas (162.438) e Barreiras (156.975), que tomou o lugar de Jequié (156.126).
A explicação para essa troca de posições no ranking está no potencial econômico de Barreiras, como a expansão do agronegócio.
De acordo com a supervisora do IBGE na Bahia, cidades com um número grande de população pode enfrentar problemas de saneamento básico e violência.
“Você tem uma sobrecargas com os serviços, você tem problemas com mobilidade urbana, você de alguma forma favorece o aumento da violência urbana, piora um pouco as condições de moradia, porque ela se torna mais cara. Concentrar a população é sempre ruim”, disse.
Fonte: (G1/BA), 28/08/2020