
O senador Omar Aziz (PSD-AM), um nome apoiado pelo Palácio do Planalto, é o nome mais cotado para comandar a CPI da Covid-19. Em meio às negociações entre os senadores, Aziz relativizou, nesta sexta-feira, 16, a atuação do governo de Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia e diz que outros governos também erraram.
“Não tem governo, seja de direita, centro ou esquerda, que não tenha cometido equívocos nessa pandemia. Em todos os Estados, está tendo morte. O João Doria é 100% contrário ao pensamento do Bolsonaro. São Paulo, por acaso, está vivendo um mar de rosas?”, questionou o parlamentar, em entrevista ao Estadão/Broadcast Político.
Inicialmente com foco apenas nas ações e omissões do governo de Jair Bolsonaro, a CPI teve seu escopo ampliado para a análise de repasses federais a Estados e municípios após pressão de governistas. Dos 11 titulares, porém, o governo é minoria, com quatro senadores declaradamente aliados, dois de oposição e cinco com atuação considerada independente.
Embora próximo ao governo, Aziz está no grupo dos indepententes. Ele é crítico à condução de Bolsonaro na crise do novo coronavírus no Amazonas, onde o parlamentar já foi governador. O senador do PSD afirma, porém, que não pretende transformar a comissão em uma fritura para o chefe do Planalto. “Esse discurso (eleitoral) não vai acontecer dentro da CPI.”
Composição da CPI:
1. Eduardo Braga (MDB-AM): independente
2. Renan Calheiros (MDB-AL): independente
3. Ciro Nogueira (PP-PI): governista
4. Otto Alencar (PSD-BA): independente
5. Omar Aziz (PSD-AM): independente
6. Tasso Jereissati (PSDB-CE): independente
7. Eduardo Girão (Podemos-CE): independente
8. Humberto Costa (PT-PE): oposição
9. Randolfe Rodrigues (Rede-AP): oposição
10. Marcos Rogério (DEM-RO): governista
11. Jorginho Mello (PL-SC): governista
Fonte: Atarde, 16/04/2021