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Documento comprova pedido de prisão contra ex-secretário de Segurança Maurício Barbosa

Documento obtido pela Satélite confirma o pedido de prisão preventiva do ex-secretário de Segurança Pública Maurício Barbosa, solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao relator da Operação Faroeste no Superior Tribunal de Justiça, ministro Og Fernandes. O requerimento consta no trecho sigiloso de cem páginas anexado à denúncia oferecida mês passado pela PGR contra Barbosa e mais 15 acusados de envolvimento na rede de grilagem e venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), conforme antecipado pela coluna na edição do último dia 19. No documento, a PGR reforça a tese de que o ex-chefe da SSP usava o cargo para proteger integrantes do esquema.

Aperto alternativo
No mesmo anexo, a PGR requer ainda que o STJ imponha medidas cautelares diversas da prisão à promotora Ediene Lousado, que comandou o Ministério Público do Estado de 2016 a 2020, e à delegada Gabriela Caldas, que foi chefe de gabinete de Barbosa na SSP. Ambas também foram denunciadas por suspeita de participação na blindagem a alvos da Faroeste.

Entre os novos indícios apresentados contra Maurício Barbosa pela Faroeste, constam três notas fiscais apreendidas durante busca e apreensão na casa do ex-secretário em um condomínio de alto padrão na Costa do Sauípe, cujo teor, segundo a PGR, aponta possível manobra de lavagem de dinheiro. As notas se referem à compra de bens de luxo que totalizam R$ 218 mil em aproximadamente três meses. A primeira é relativa à aquisição de um jet sky em 11 de junho do ano passado, por R$ 83 mil. As demais – 3 de julho e 17 de setembro – têm origem na compra de dois quadriciclos por R$ 65 mil e R$ 70 mil.

Cheiro de pólvora
Um grupo de mais de 200 fazendeiros do Sul da Bahia pressiona a Funai para que o órgão libere a indenização pelos quase 55 mil hectares que deram origem à Terra Indígena Caramuru-Paraguaçu, encravada nos municípios de Pau Brasil, Itaju do Colônia e Camacan e palco de violentos conflitos que duraram décadas. Nove anos após o Supremo promulgar a vitória dos pataxós hã hã hães na briga pela área, a maior parte dos fazendeiros não recebeu o repasse pela perda das propriedades e decidiu endurecer a cobrança, com promessas de reaver as terras na marra.

 

 

 

 

 

 

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