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Criança de 9 anos disparou sem querer ao brincar com arma, diz sogro de Hyara

O pai do marido de Hyara Flor – principal suspeito de matar a adolescente de 14 anos em Guaratinga, no extremo Sul da Bahia, e que foi apreendido na última quarta-feira (26) -, disse em entrevista que a menina estava brincando com uma arma engatilhada com um dos filhos do sogro, que tem nove anos de idade e que também é cunhado dela. Ninguém da família possuía posse de arma.

“Neste dia, ela teve lá em casa, tive contato com ela. Aí ela saiu pra casa com o meu filho mais novo pra se arrumar e depois fazer compras no supermercado com o esposo. Aí ela se maquiando, pegou a arma de dentro da gaveta e manobrou, colocou no meu filho mais novo e disse: ‘perdeu, malandro'”, contou o comerciante.

O pai do adolescente contou ainda que depois que Hyara apontou a arma para a criança, ela teria entregado o revólver para ele. Foi quando a adolescente teria dito:

“Como é que você fazia?’ e mirou”, explicou o pai do acusado.

Depois de dar a arma para a criança, o revólver teria disparado por acidente:

“A bala estava na agulha e, sem querer, disparou”, disse o comerciante.

O adolescente, que foi apreendido em Vila Velha, no Espírito Santo, deve ficar 45 dias detido.

Ainda de acordo com o homem, após o disparo que teria sido acidental, a criança foi para fora do imóvel onde o fato aconteceu atrás de socorro, encontrando o pai e um tio.

“Ele saiu correndo pra fora e dizia: ‘o meu pai, o meu pai. Me ajuda porque atirei na Hyara'”, disse o comerciante.

O pai do marido de Hyara não vai ser identificado para preservar as identidades dos menores de idade envolvidos no caso em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A entrevista dada pelo pai do adolescente foi concedida em Vitória, no Espírito Santo, onde a família contratou um advogado para atuar na defesa do acusado.

Marido de Hyara não estava em casa no momento do disparo, disse o pai

Ainda durante a entrevista, o comerciante também destacou que seu filho de 14 anos, que era casado com Hyara, não estava na casa onde ela sofreu o disparo, mas sim em um galpão que fica próximo à casa.

“Ele estava com um amigo, que é amigo nosso também, esperando a esposa se arrumar para ir ao supermercado”, disse o comerciante.

Apesar disso, devido ao barulho e à correria para socorrer a menina, o esposo dela teria voltado para o imóvel, mas foi ameaçado por um tio de Hyara.

“Um tio dela [Hyara] efetuou três disparos dizendo que queria vingança de qualquer jeito, que tinha que matar o marido de Hyara de qualquer jeito. Aí eu vi que estava apertando demais pra mim e pedi ao meu sobrinho para levar Hyara para o hospital”, disse.

Logo em seguida, de acordo com o pai do adolescente apreendido, eles fugiram:

“Aí eu saí em fuga não foi por medo da Justiça, que eu não devo nada. Foi por medo de matar a minha família. Saí com tanta pressa que esqueci uma filha e uma neta pra trás”, lembrou.

Por que o Espírito Santo?

Segundo o pai do marido de Hyara, ele, a esposa e três filhos saíram da Bahia no mesmo dia em que a menina morreu e foram para o Espírito Santo porque eles têm uma parente que mora na Grande Vitória.

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