O número de vagas de trabalho com carteira assinada criadas em 2020 foi 46,82% inferior ao anunciado em janeiro pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A atualização é fruto das revisões apresentadas pelo Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Na revisão, o Caged aponta que o saldo foi de 75.883 pessoas em novo trabalho de carteira assinada no Brasil. O governo havia anunciado 142.690 como saldo de vagas formais abertas ao longo dos 12 meses do ano passado.
A diferença é resultado de um número 2,2% maior de demissões (de 15,023 milhões para 15,361 milhões) e apenas 1,8% superior de admissões (de 15.023.531 para 15.361.234) após a inclusão das revisões nos cálculos oficiais.
“A grande notícia para nós é que, em um ano terrível em que o PIB caiu 4,5%, nós criamos 142 mil novos empregos”, comemorou Paulo Guedes ao divulgar os dados do Caged, no dia 28 de janeiro de 2021, com dados que se mostraram inflados.
Em nota enviada ao portal R7, o Ministério do Trabalho e Previdência, pasta agora responsável pela divulgação dos dados do Caged, afirma que as diferenças levam em conta as declarações feitas pelas empresas fora do prazo. O processo pode reduzir ainda mais o saldo final de empregos criados no ano passado.
“Os dados do painel consideram as declarações feitas fora do prazo. Elas são incorporadas às estatísticas até 12 meses após a movimentação acontecer. Assim, até dezembro de 2021 podem ser incorporados dados que vão impactar o saldo de 2020”, diz o comunicado.
Fonte: Atarde, 03/11/2021
