Ruas da cidade de Itamaraju, extremo sul da Bahia, amanheceram repletas de entulho e lixo nesta quarta-feira (15), após as fortes chuvas que atingiram o município. A situação tem atraído a presença de urubus em alguns pontos e moradores cobram a retirada do material.
A situação mais grave é registrada na rua Vale do Jucuruçu, bairro Baixa Fria. Segundo os moradores, no fim de semana a água chegou a medir 1,5 metro dentro das casas e teve gente que perdeu todos os pertences. Somente na segunda-feira (12) eles puderam voltar para as casas, contabilizaram os prejuízos e fizeram limpeza nos imóveis.
Muitas ruas estão intransitáveis, devido a grande quantidade de resíduos. Urubus pousam no alto das residências e também é possível sentir mau cheiro, em alguns pontos. Segundo moradores, há três dias não é realizada coleta de lixo no município.
A Prefeitura de Itamaraju informou que funcionários da limpeza pública vão ao local ainda nesta quarta para fazer a limpeza e desinfecção da rua com hipoclorito de sódio.
Nesta quarta, existe a previsão de 12 mm de chuva na cidade. A situação preocupa os moradores que ainda trabalham para recuperar os móveis que não perderam totalmente.
Há uma semana, três pessoas da mesma família morreram soterradas e ao menos seis casas desabaram após uma barranco deslizar durante a forte chuva que atingiu o município.
11 mortes e 220 mil afetados
Onze pessoas morreram na Bahia em decorrência das chuvas. Na última atualização da Sudec, eram dez mortos, no entanto, no final da tarde de segunda (12), o corpo do pescador Antônio Tovi dos Santos foi localizado no rio Jucuruçu. O estado também contabiliza 267 feridos.
Além disso, 6.371 pessoas estão desabrigadas, outras 15.199 desalojadas por causa dos estragos causados pelos temporais. No total, 220.297 pessoas foram atingidas pela chuva e 51 localidades decretaram situação de emergência.
Segundo a Defesa Civil, as mortes foram registradas em:
- Amargosa (2)
- Itaberaba (2)
- Itamaraju (3)
- Macarani (1)
- Prado (1)
- Ruy Barbosa (1)
- Jucuruçu (1)
Os números podem crescer, já que a Sudec diz que ainda não conseguiu contato com todas os pontos em situação de emergência.
Fonte: G1 Bahia, 15/12/2021
