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Estimativa é de 3.460 novos casos câncer de mama na Bahia este ano

Em meio à comemoração do Outubro Rosa, mês da conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, a estimativa é que, este ano, 3.460 novos casos sejam diagnosticados entre as mulheres baianas, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Em Salvador, número deve chegar a 1.180.

De acordo com um estudo realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), que analisa causas de vitimização de mulheres, seja por mortes naturais ou violentas, os números crescem desde 1980. Isso porque, na década de 80, apenas três a cada 100 mil mulheres baianas morriam por câncer de mama, já em 2019, o número alcançou 13,3 mulheres. Para 2020, a estimativa é que 1.108 mulheres morram. Em 2019, foram 1.047.

“Quando analisamos todas as causas de mortes, os cânceres são o principal motivo que vitima as mulheres. E, quando analisamos as neoplasias, a de mama é a que mais mata. Todo ano a taxa supera o ano anterior”, contou Jadson Santana, técnico da coordenação de estatística da SEI.

A maior incidência de casos na capital, se dá pelo padrão de vida mais urbano, com padrões de consumo e hábitos prejudiciais. “Se a gente quiser evitar que a incidência tão prevalente quanto nos últimos anos, o impacto de atividades físicas, dieta, diminuição do consumo de álcool, são fatores importantes”, disse o oncologista Cleber Martins.

Outro fator é o diagnóstico precoce. “O número de mulheres que fazem mamografia anualmente é muito baixo, se você pega o Sul do país, é em torno de 50%, já quando pegamos Norte e Nordeste, isso cai pra 15%”, alertou o especialista.

Aliado à mamografia, existe também o estímulo para a realização do toque. A vendedora Rosana Santos, 36 anos, diagnosticada há 3 anos, detectou um caroço na mama direita durante o banho. “Marquei um mastologista para o dia seguinte. Tive o diagnóstico no dia do meu aniversário. Foi bem difícil, o câncer teve um avanço muito grande”, lembrou. Morando em Irecê (a 480 km da capital), Rosana fez o tratamento em Salvador e, agora, ela aguarda a cirurgia da colocação da prótese.

“É importante a mulher conhecer seu corpo, mas sem dispensar o médico e a mamografia anual para quem tem mais de 40 anos”, alerta a oncologista e presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia – Bahia (SBOC-BA), Renata Cangussu.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Atarde, (08/10/2020)

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