A inteligência dos Estados Unidos divulgou nesta terça-feira (13) um realtório em que afirma que a Rússia enviou secretamente pelo menos 300 milhões de dólares (cerca de R$ 1,5 bilhão) a partidos e candidatos políticos estrangeiros em mais de 20 países desde 2014 para ganhar influência.
Os EUA “acreditam que essas são estimativas mínimas e que a Rússia pode ter transferido secretamente fundos adicionais em casos não detectados”, declarou um funcionário americano. Não foi divulgada informação sobre países específicos.
O documento cita o caso de um embaixador russo em um país asiático não identificado que teria pago milhões de dólares a um candidato à Presidência.
O governo do presidente Joe Biden solicitou a avaliação depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, que levou Washington a tentar isolar Moscou e armar Kiev.
Os Estados Unidos compartilham a informação encontrada com os governos de mais de cem países, afirmou o funcionário, como parte da iniciativa “Cúpula das Democracias”, lançada por Biden após derrotar o republicano Donald Trump nas urnas.
A nova avaliação não cobre a política interna dos Estados Unidos.
No passado, os serviços de inteligência americanos acusaram Moscou de intervir nas eleições de 2016, sobretudo por meio da manipulação das redes sociais, para apoiar Trump, que expressou admiração pelo presidente russo, Vladimir Putin.
“Os Estados Unidos trabalham duramente para abordar nossas vulnerabilidades, e incitamos outros países a fazerem o mesmo”, disse o funcionário.
A guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro com a invasão russa, levou a milhares de mortos e feridos, além de milhões de refugiados. O caos do conflito fez com que problemas sociais ucranianos fossem potencializados, causando à sociedade civil do país sofrimento com a falta de itens básicos. O Ocidente, por sua vez, enviou bilhões de reais em ajuda humanitária para o povo do Leste Europeu como prova de suporte a Kiev durante o confronto. Nesta galeria, o R7 mostra os sete países que enviaram as maiores quantias em ajuda humanitária à Ucrânia
Fonte: R7, 13/09/2022