O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), comentou nesta quinta-feira, 11, a participação da Polícia Federal (PF) nas ações que apuram a manipulação de jogos de futebol para favorecer apostadores, burlando o esporte e também as regras das casas de apostas.
“A Polícia Federal vai aproveitar as investigações que já existem em vários Estados, e fazer novas investigações, inclusive no que se refere a essas eventuais ramificações internacionais”, afirmou Dino.
“A primeira dimensão é a preventiva, que é essencialmente regulatória. Há estudos liderados pelo ministro [Fernando] Haddad, e o Ministério da Justiça participa dessa ideia de regulação. Nós temos também projetos no Congresso.
A regulação pode garantir algo como o fechamento de espaços onde estão atuando essas verdadeiras quadrilhas, praticando no mínimo estelionato e descumprindo o mandamento de ética esportiva, e também uma diretriz bíblica: não se serve a Deus e ao dinheiro. Não se serve, portanto, ao esporte e ao dinheiro”, avaliou o ministro.
Neste momento, o governo federal ainda não vê uma situação em que se imponha a necessidade de paralisar os torneios de futebol no Brasil. A hipótese, porém, não foi descartada por Dino.
“Vamos analisar exatamente até onde isso vai: se for algo localizado, você enfrenta no caso concreto. As próprias entidades esportivas têm manifestado preocupação com essa situação. A nossa atuação junto à Polícia Federal derivou de um ofício que eu recebi da CBF. Ou seja, a CBF acionou o ministro da Justiça, pedindo providências, tal é a gravidade disso”, disse Dino.
