
Previsto para ser realizado na próxima terça-feira (25), o júri popular contra os acusados de terem matado Lucas Vargas Terra pode não acontecer. A defesa pediu a digitalização de um outro processo relacionado ao caso, que já dura mais de 22 anos.
“O que eles fizeram foi uma medida protelatória. Ou seja, mais uma manobra para arrastar o caso por mais tempo, sendo que os documentos que estão no processo que a defesa dos acusados pede a digitalização já constam nesse processo referente ao júri marcado para daqui a uma semana”, declarou a advogada da família de Lucas Terra, Tuany Sande.
Segundo ela, os advogados dos acusados entraram com o pedido no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) na noite desta segunda-feira (17) para a digitalização do processo em que o ex-pastor Silvio Roberto Galiza foi condenado em 2012 a 18 anos de prisão – ele teve progressão de regime, cumpriu a pena e hoje está livre. O TJ-BA ainda não se posicionou quanto o pedido recente da defesa dos acusados.
Marcado para o 25, o júri popular contra os pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Macedo deve acontecer no Fórum Ruy Barbosa. “Eles estão com medo de enfrentar o júri popular, porque sabem que a sociedade não vai compactuar com essa monstruosidade que fizeram com o meu filho. Mas se o Tribunal acatar o pedido deles, eu não vou desistir! Irei ao Supremo Tribunal Federal (STF), vou aos tribunais internacionais, se for preciso, mas não vou parar enquanto a justiça não for feita”, desabafou a mãe de Lugar Terra, Marion Terra.