
O material apreendido durante a Operação Panaceia, deflagrada na manhã desta segunda-feira (21), começou a ser analisado pela Força-Tarefa de Combate à Sonegação Fiscal. De acordo com o promotor de Justiça Hugo Cassiano, os objetos servirão de complemento às informações obtidas pelas autoridades com as quebras de sigilo bancário e fiscal e com o monitoramento telefônico do grupo empresarial que atua no ramo de distribuição de medicamentos.
Os envolvidos são suspeitos de sonegar R$ 39 milhões em impostos, mas o valor pode ser ainda maior. Computadores, telefones celulares e documentos foram apreendidos na sede de uma empresa, no bairro de Pirajá, e também foram cumpridos mandados nos bairros do Rio Vermelho, Horto Florestal, Itaigara e Pituba.
O promotor afirmou ao Balanço Geral que o Ministério Público da Bahia irá formular opinião a respeito dos fatos e deve oferecer denúncia contra o grupo empresarial por crimes como lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e associação criminosa.
Cassiano citou que os envolvidos faziam sucessivas reestruturações empresarias para escapar da fiscalização da Secretaria da Fazenda, sonegavam impostos e abandonavam as empresas e iam criando outras que teriam o nome limpo perante o fisco. Para isso, utilizava nomes de “laranjas”.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, uma arma foi encontrada em um apartamento de luxo no bairro do Itaigara. Uma mulher assumiu ser dona do revólver calibre 38 e acabou sendo presa no lugar do alvo do mandado. “Esse é o encontro fortuito, que não guarda relação direta com os crimes investigados”, avisou o promotor.
Fonte: BNews, 21/06/2021