
O Ministério Público vai denunciar o promotor André Luís Garcia de Pinho nesta quinta-feira (29) pelo homicídio da mulher dele, Lorenza Maria Silva de Pinho, segundo fontes ligadas às investigações.
Lorenza morreu no dia 2 de abril. O corpo chegou a ser levado para uma funerária, mas um delegado pediu para que fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal. André Pinho sempre negou ter cometido o crime.
Nesta quinta-feira (29), o advogado do promotor André Pinho, Robson Lucas, disse ao G1 que “a acusação é muito grave” e que é precipitado dizer que as lesões encontradas no laudo do IML signifiquem asfixia.
“É uma impropriedade e, ao que tudo indica, há uma precipitação nessa acusação. Essa acusação é muito grave e ela não está correspondida nos detalhes técnicos do laudo. Se houver ação judicial, como se anunciou, com oferecimento de denúncia, vamos fazer o combate dentro do processo, e aí a gente vai ter qualidade de armas, porque até então a defesa nada pôde fazer, nada pôde acompanhar, só assistir. Implorou para participar e não teve acesso. A Justiça com certeza respeitará o princípio do contraditório e da defesa, e a gente terá, dessa forma, a possibilidade de apresentar essas inconsistências que constaram do laudo do IML. Efetivamente não houve asfixia mecânica. Não houve qualquer tentativa de estrangulamento, ou de esganadura, que são as formas de asfixia mecânica. É uma precipitação dizer que o achado de lesão na região cervical signifique uma atuação do dr. André em desfavor de sua esposa”, disse o defensor.