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Moradoras e advogada criticam placas polêmicas em Anápolis-Goiás

Moradores e uma advogada criticaram as placas polêmicas instaladas em Miranápolis, povoado de Anápolis onde ficam vários mosteiros e igrejas. Algumas delas têm mensagens como “A mulher que usa roupa curta, transparente e decotada é amiga de Satanás” e “A bebida alcoólica é urina do capeta”.

A aposentada Evonilde Rodrigues avalia que o que vale é a mente e o coração.

“Tem gente que anda com roupa arrastando lá no chão e às vezes faz coisa errada pior do que as que vestem curtinho. O que vale é a mente e o coração”, disparou a aposentada.

As placas foram instaladas próximas a um dos mosteiros da região. A Diocese de Anápolis informou por telefone que não está de acordo com as mensagens divulgadas pela instituição religiosa responsável pelas placas e que o grupo não integra a Arquidiocese.

A reportagem tentou falar com o padre do mosteiro, mas a segurança informou que ele não estava no momento quando foi procurado, na sexta-feira (12), e que ele também não daria entrevista. Não foi autorizada a entrada da equipe para fazer imagens dentro do local.

Placa polêmica colocada em povoado de Anápolis, Goiás — Foto: Eduardo Idaló/TV Anhanguera

Placa polêmica colocada em povoado de Anápolis, Goiás — Foto: Eduardo Idaló/TV Anhanguera

Em uma das placas, instalada em uma grade, está a frase “O padre que promove barulho é amigo do demônio”. Em outra, é possível ler “Quem reza irá para o céu, quem não reza irá para o inferno”, seguido de “Quem não reza é pior que o demônio”. Em outra área, está escrito: “quem promove o barulho serve ao demônio”.

A representante comercial Benoilde Santana disse que as placas são “hipocrisia da parte das pessoas” e que cada pessoa deve andar do jeito que gosta e se sente bem.

Placas polêmicas são colocadas em povoado de Anápolis, Goiás — Foto: Eduardo Idaló/TV Anhanguera

Para a advogada Danielle Nava, as mensagens das placas chegam a agredir as mulheres.

“Tudo que é misógino e que imputa à vítima o jeito de vestir, de andar, para se tornar errada, faz com que qualquer ação do homem em uma violência sexual vai ser justificada pelo o que a mulher está vestindo”, destacou.

Fonte: G1, 13/11/2021

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