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ONU cobra Brasil por falhas de segurança e infraestrutura na COP30

Manifestantes entraram em confronto com seguranças

A Organização das Nações unidas (ONU) enviou uma carta ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, e ao presidente da COP30, André Corrêa do Lago, demonstrando preocupação frente aos problemas de segurança e infraestrutura na realização do evento em Belém (PA). O documento é datado do dia 12 de novembro e define a situação como “grave”, pedindo que correções sejam colocar em prática “até o final do dia”.

O encaminhamento da carta ocorre após a invasão da Zona Azul (área da COP restrita para negociações) por manifestantes, que – entre outras demandas – protestavam contra a exploração do petróleo. Além disso, diversas delegações estrangeiras têm endereçado críticas às problemáticas estruturais do evento, incluindo falta de recursos para lidar com o calor excessivo.

A união das questões fez com que o secretário-executivo da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima), Simon Stiell assinasse o documento denunciando falta de segurança, presença de infiltrações, alagamentos e até ausência de água nos banheiros.

Reação do Governo Lula

A resposta do governo brasileiro se deu já nesta quinta-feira, 13, por meio de nota oficial assinada pela Casa Civil. O ministério informou que os governos federal e estadual atuam de forma conjunta com o Departamento de Segurança e Proteção das Nações Unidas (UNDSS) na execução das medidas corretivas solicitadas pela ONU. Segundo o órgão, todas as demandas apresentadas pela entidade internacional estão sendo cumpridas, e uma nova avaliação de segurança foi conduzida em parceria com o UNDSS para reforçar os protocolos de proteção.

Em relação ao protesto ocorrido no dia 11 de novembro, a Casa Civil ressaltou que não teve participação nas decisões operacionais tomadas pelas forças de segurança pública durante a manifestação.

Leia a íntegra:

“A Casa Civil não esteve envolvida na tomada de decisão das forças de segurança pública referente aos protestos de 11 de novembro. A segurança interna da Blue Zone está a cargo da UNDSS, que define como serão protegidas todas as áreas em seu interior.
Destacamos que todas as solicitações da ONU têm sido atendidas e, ontem (12), os Governos Federal e Estadual, juntamente com o Departamento das Nações Unidas para Segurança e Proteção (UNDSS, na sigla em inglês), realizaram a reavaliação dos meios e quantitativos policiais para preservação dos perímetros de segurança Laranja e Vermelha da COP30 que também foram ampliados.

Reposicionamento e ampliação de forças:
– Ampliação do espaço intermediário entre as Zonas Azul e Verde para aumentar a prevenção de incidente semelhantes.
– Ação conjunta da Força Nacional e Polícia Federal nesse espaço.
– Fortalecimento do perímetro com instalação de gradis, barreiras metálicas e estruturas de contenção adicionais em pontos vulneráveis.

Climatização dos espaços:
– Instalação de novos aparelhos de ar-condicionado nas tendas.
– Unidades adicionais do modelo sprint nas salas com falhas de climatização

Correção na estrutura:
– Não houve alagamento do local do evento, e sim ocorrências localizadas, como goteiras;
– Vazamentos foram causados por rompimento de calhas no Mídia Center e Posto de Saúde 2, que já foram prontamente reparados, com substituição e vedação das estruturas.

Todas as questões vêm sendo tratadas diariamente nos pontos de controle realizados em conjunto com a UNFCCC, garantindo a correção contínua de temas inerentes a um evento dessa dimensão.”

 

 

 

 

 

 

Fonte: ISTOÉ, 13/11/2025

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