
O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), abriu nesta quarta-feira (26) a primeira sessão conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados, criando a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os atos extremistas do 8 de Janeiro.
Pacheco leu o pedido de abertura para então iniciar a ordem do dia. Com isso, ele garantiu a criação da CPMI antes da apreciação de vetos, itens que travam a pauta, ou seja, que precisam ser analisados de forma prioritária.
Esse impasse se deu após o líder do Congresso anunciar uma mudança de bloco como estratégia de garantir mais uma cadeira na comissão ao governo, com a retirada de uma vaga da oposição.
O líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), entrou com uma questão de ordem, pedindo para que a proporcionalidade anterior fosse respeitada. Pacheco afirmou que essa questão será analisada junto ao colegiado de líderes.
Marinho negou que haja qualquer movimento por parte da oposição no sentido de reconsiderar a instalação da CPMI. No entanto, admitiu que a ideia é indicar membros apenas após a avaliação da questão de ordem proposta.
Na avaliação dele, a estratégia de Randolfe faz parte “do jogo previsto desde sempre, no Congresso”. “Mas me parece iníquo esse movimento”, completou o senador, com o argumento de que a composição dos blocos a ser considerada é aquela que existia até a segunda quinzena de fevereiro.
O próximo passo para viabilizar a instalação da CPMI é a indicação de membros pelos blocos. Há a possibilidade de a oposição atrasar as indicações diante das articulações.
R7, 26/04/2023