
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que manifestações políticas nas ruas são mais preocupantes do que a realização da Copa América no Brasil em relação ao risco de contaminação pela covid-19. A declaração foi feita em entrevista ao Programa Cidinha Livre, da Super Rádio Tupi, na tarde desta quarta-feira (2/6).
Na segunda-feira (31/5), a Conmebol confirmou o Brasil como sede da Copa América 2021, após Colômbia e Argentina recusarem o convite da organização. O anúncio provocou embate protagonizado por políticos e autoridades sanitárias, além de movimentações nas redes sociais. No entanto, na noite da terça-feira (2/6) o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou a realização do torneio no país.
Senado além da CPI da covid-19
Questionado pelo colunista de política do Correio Braziliense Luiz Carlos Azedo se o Senado Federal está concentrado apenas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, Rodrigo afirmou que a Casa apresenta, atualmente, “a maior produtividade dos últimos 26 anos”. O presidente disse ainda que a CPI chama a atenção e cumpre o papel de investigar “ações e omissões em face da pandemia”, mas não é todo o trabalho do Senado.
Ele também afirmou que quer aprovar as reformas Tributária e Administrativa, mesmo sem o apoio do presidente da República. “Não podemos atrelar uma pauta que eventualmente seja antipática à perspectiva eleitoral e deixar de apreciá-la. A reforma deve ser debatida e avançar. Eu espero que um projeto que é da iniciativa do Executivo tenha o apoio do presidente e de todos aqueles que devam, pelo Poder Executivo, apoiá-lo”, afirma.
Sem perspectiva para 2022
Pacheco descartou a possibilidade de ser candidato à Presidência da República nas eleições de 2022. Para ele, a ação é incompatível e “no mínimo imprudente”, pois assumiu a responsabilidade de dirigir o Senado, e se diz focado nas propostas que “sirvam para melhoria das condições de vida do povo brasileiro”.
Fonte: Correio Braziliense, 02/06/2021



