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Pai confessa ter matado filho autista para ‘se livrar’ de pensão alimentícia

A criança que tinha autismo e deficiência visual

Davi Piazza Pinto, que confessou à Polícia Civil ter matado o filho autista de 11 anos por asfixia, em João Pessoa (PB), relatou que cometeu o crime por não conseguir arcar com a pensão alimentícia. A informação foi divulgada pelo delegado Bruno Germano, que acompanha o caso.

O homem, que mora em Santa Catarina, viajou até João Pessoa para encontrar o filho, Arthur Davi Velasquez, que também era deficiente visual. Em depoimento, ele afirmou estar endividado e disse que decidiu matar o menino para “se livrar” da pensão, que custava cerca de R$ 1,8 mil por mês.

De acordo com o delegado Bruno Germano, Davi relatou que mantinha o pagamento da pensão “religiosamente”, mas que estava passando por dificuldades financeiras. “Uma motivação totalmente fútil”, declarou à rádio CBN João Pessoa.

Após asfixiar o filho até a morte, o suspeito levou o corpo até uma área de mata no bairro Colinas do Sul, em João Pessoa, e o enterrou em uma cova rasa, nas imediações de uma antiga fábrica abandonada. O menino só foi encontrado no sábado (1º), dentro de um saco plástico preto, parcialmente coberto por terra.

Um motorista de aplicativo que buscou Davi na área onde o corpo foi desovado procurou a polícia ao reconhecer o suspeito em reportagens sobre o caso. Segundo o delegado Thiago Cavalcanti, dois homens fizeram o transporte do suspeito: um o levou até o local e o outro o trouxe de volta.

De acordo com a mãe do menino, Aline Lorena, o pai havia pedido para passar um tempo com o filho, mas que não imaginava o que poderia acontecer.

“Tudo foi combinado. Eu expliquei como o Arthur era, comprei as coisas que ele gostava, preparei a roupinha, o fone abafador, deixei ele alimentado. Ele dizia que queria conviver mais com o filho”, relatou à TV Cabo Branco.

Aline contou ainda que se disponibilizou a ajudar nos cuidados com a criança, que tinha autismo e deficiência visual, mas o pai garantiu que daria conta sozinho. “Não passava pela minha cabeça o que ia acontecer. O Arthur foi uma criança incrível, batalhadora. O que aconteceu só cabe à Justiça agora”, declarou.

 

 

 

 

 

 

Fonte: BNews, 06/11/2025

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