
Primeira testemunha ouvida no júri popular dos pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Macedo, acusados pela morte de Lucas Terra, nesta terça-feira, 25, no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, Martoni de Oliveira Costa disse que o pastor Fernando proibiu fiéis de procurar pelo adolescente após seu desaparecimento. Ele também ironizou a preocupação dos amigos em busca do jovem.
Fernando dizia ainda que “soldado morto não se levava nas costas” e as palavras dele, no púlpito da igreja da Pituba, eram replicadas pelos pastores em outras igrejas e exaustivamente na Santa Cruz.
O pastor teria citado o pai de Lucas, Carlos Terra, dizendo que ele também estaria “atrapalhando a obra de Deus”. Martoni, que era uma das pessoas engajadas na busca, afirmou que chegou a se sentir culpado por estar procurando pelo amigo.
“Eu cheguei a chorar achando que estava indo de contra a obra de Deus. Fui depois pedir perdão a Fernando e ele me consolou”.
“Fizeram bobagem com esse menino e o pai vai precisar de força”, teria dito o pastor Maurício, segundo Martoni.
Júri
Por volta das 10h, sete jurados foram escolhidos entre os pré-selecionados, sendo escolhidos pela acusação e defesa dos réus. Cinco homens e duas mulheres compõem o júri. Uma das juradas passou mal e precisou se retirar ainda durante a etapa da seleção do júri.
O júri popular continua, com pevisão de duração de quatro dias. Serão ouvidas15 testemunhas, ao todo, no julgamento: cinco de acusação, cinco da defesa de Fernando e cinco da defesa de Joel.
Atarde, 25/04/2023



