
Acusado pela morte de Lucas Terra, em 2001, o pastor Fernando Aparecido da Silva é interrogado, nesta quinta-feira (27), no júri popular que apura o envolvimento dele e do pastor Joel Miranda no caso.
Questionado sobre uma proibição de buscas que ele teria dado em uma reunião da Igreja, Fernando negou e afirmou que nunca disse a frase ‘soldado morto não se leva nas costas’, que foi atribuída a ele por testemunhas da acusação.
No primeiro dia de julgamento, na última terça-feira (25), tanto Martoni de Oliveira Costa e Tatiana Santos de Jesus, amigos de Lucas e obreiros da Igreja Universal da Santa Cruz, afirmaram que ouviram do pastor Fernando a ordem para que parassem de procurar pela vítima.
Ele também lembrou o dia que saiu com o pai de Lucas, Martoni e Alan, auxiliar da Igreja da Pituba na época. Nesse momento, negou que tivesse ameaçado Martoni quando estava no carro para que acabasse com as buscas pelo amigo.
Além de negar as acusações de Martoni, Fernando, assim como Joel, negou que houvesse qualquer relação pessoal entre os dois. Segundo ele, por serem pastores, tinham apenas a ligação de trabalho.
“Na função de pastor, nunca me encontrei com ele fora dos momentos de reunião. […] Nenhum relacionamento entre mim e o pastor Joel, nunca houve”, completa.
O júri popular segue nesta quinta-feira e, após a oitiva de Fernanda, os advogados devem entrar na fase de debates. Há a possibilidade de que a decisão do júri ocorra ainda hoje.
Correio/BA, 27/04/2023