
O promotor de Justiça do Ministério Público da Bahia (MP-BA) Davi Gallo criticou a soltura, nesta segunda-feira (14), de Iuri Sheik, acusado de matar a tiros o empresário William Oliveira durante o São João de 2019, em Santo Antônio de Jesus.
Sheik teve pedido de habeas corpus concedido pela Justiça, e deixou o Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, onde estava custodiado desde a época do crime, por volta das 12h30. Agora, ele aguardará o julgamento em liberdade.
Davi Gallo garantiu que o Ministério Público estadual fez “de tudo” para que o acusado permanecesse preso até o juízo.
“Infelizmente, é a nossa lei […] Esse indivíduo, ele era pra ter ido a júri, ter sido condenado, estar no regime fechado. Ele sai aí amparado por grandes advogados. Nessa hora, dinheiro tem. O advogado sai pra despistar a imprensa pra que ele não seja importunado pela imprensa. Até nisso, né? É aquela ‘bandidolatria’, que é o que prevalece nesse país”, endureceu o promotor durante entrevista à Record TV Itapoan.
Gallo disse ainda que “não há dúvidas” de que Iuri Santos Abrão, que responde por homicído qualificado, cometeu o crime.
“É a lei para o bandido. Isso causa revolta […] Não há dúvidas. Porque, por exemplo, se você tem dúvidas, no tocante a prova, de que esse indivíduo cometeu crime com os requintes de crueldade que ele cometeu, você ainda poderia dar uma chance, mas não há dúvida. Em momento nenhum você vê nos olhos desse criminoso, desse delinquente, nenhum lastro de arrependimento. Se ele está tenso é porque ele tava preso. 15 meses? Ele tinha que pegar era 15 anos. Ficar preso lá. Assassino tem que pagar. E ele não deve só a família não. Ele deve a nós, sociedade, que pagamos imposto”, completou.
Fonte: BNews, (14/09/2020)