
Uma investigação da Polícia Civil aponta que servidores e intermediários cobravam entre R$ 10 e R$ 100 pela venda ilegal de agendamentos para a emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN), que substitui o antigo RG.
As apurações indicam que vagas disponibilizadas gratuitamente pelo sistema oficial de agendamento do Governo do Estado estariam sendo comercializadas de forma irregular. Em alguns casos, os atendimentos teriam sido facilitados fora da ordem regular mediante pagamento indevido; em outros, terceiros capturavam previamente vagas no sistema eletrônico para revendê-las a cidadãos que buscavam o serviço.
Por decisão judicial, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, além da aplicação de 11 medidas cautelares, sendo nove delas de afastamento das funções públicas contra servidores. As ações ocorreram nos municípios de Salvador, Candeias, Camaçari, Feira de Santana e Remanso.
A investigação é conduzida pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), por meio da Delegacia dos Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap). Oitivas, diligências e trabalho de inteligência seguem em andamento para identificar todos os envolvidos, delimitar responsabilidades individuais e apurar eventuais prejuízos causados ao serviço público e à população.
Correio 24hs, 21/12/225



