O Supremo Tribunal da Justiça Desportiva (STJD) arquivou o inquérito que tratava do suposto caso de racismo envolvendo o meia colombiano Índio Ramirez, do Bahia, e o volante Gerson, do Flamengo, ocorrido em partida no dia 20 dezembro do ano passado, válida pela 26ª rodada do Brasileirão Série A.
De acordo com o relator do processo, Maurício Neves Fonseca, a respectiva denúncia for arquivada sob a alegação de estar “desprovida de provas”. Ele ainda informou que nenhuma pessoa ouvida durante o processo confirmou ter escutado a frase “cala a boca, negro”, supostamente proferida pelo jogador do Tricolor.
Ainda segundo Fonseca, os jogadores do Flamengo — Gerson, Bruno Henrique e Natan — não chegaram a prestar depoimento no caso. Na ocasião deste episódio, o Rubro-Negro carioca justificou a ausência dos atletas dizendo que eles estariam concentrados para o clássico contra o Vasco da Gama, ocorrido no dia 4 de fevereiro, chegou a pedir pelo adiamento da audiência, mas sem sucesso.
“O Flamengo reitera sua posição inicial no sentido de que faltou flexibilidade ao Relator do processo para ouvir nossos atletas após a finalização do Campeonato Brasileiro ou entre partidas com espaço mais elástico. O foco do Flamengo é a competição e a questão da injúria racial está entregue à Justiça Comum”, posicionou-se o Flamengo.
O relatório entregue aos clubes e Procuradoria do STJD não comprovaram a acusação realizada por Gerson. O material foi produzido através de imagens de vídeo e os laudos apresentados no inquérito desportivo.
Fonte: Atarde, 12/02/2021