Apontado como o mandante do assassinato de dois advogados em Goiânia (GO), o fazendeiro Nei Castelli estaria também envolvido na compra de decisões judiciais investigadas no âmbito da Operação Faroeste, de acordo com o site Metrópoles.
Ainda segundo o site, o inquérito sigiloso da Procuradoria-Geral da República (PGR) relaciona Nei Castelli a supostas compras de decisões assinadas pela desembargadora do TJBA Lígia Maria Ramos Cunha Lima. O fazendeiro é citado em dois desses processos, que tratam de uma disputa entre Castelli e a empresa Equatorial Transmissora S.A. sobre a construção de uma passagem de linha de transmissão na cidade baiana de Correntina.
No local, Castelli tem um aeródromo, inclusive homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A defesa do fazendeiro alega no processo que a construção da linha de transmissão agrava a possibilidade de acidentes aéreos.
Segundo a PGR, as negociações sobre as supostas compras dessas decisões foram feitas entre o advogado Arthur Barata e Ivanilton da Silva Júnior, filho do desembargador Ivanilton da Silva. Eles também são alvos da Faroeste.
Em nota ao BNews, a defesa da desembargadora Lígia Ramos “afirma que é errado sugerir que a decisão de 21.01.20, dando provimento ao agravo, esteja relacionada com uma suposta manobra judicial”. “Não houve corrupção e a decisão contra o corruptor demonstra isso claramente”, disse.
Fonte: BNews, 10/01/2021