
O presidente Lula (PT) resolveu falar, pela primeira vez, sobre as eleições da Venezuela após as reivindicações do grupo de oposição do país que não aceitam a vitória do presidente Nicolás Maduro, conforme aponta o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
O chefe do Executivo federal, assim como os adversários de Maduro, defende que sejam apresentadas as atas de votação. O presidente ainda classificou como “normal” o embate entre os candidatos sobre o resultado do pleito.
“É normal que tenha uma briga. Como resolve essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com um recurso e vai esperar na Justiça o processo. E vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar”, disse o petista.
Para Lula, a oposição tem o direito de não concordar com a recondução de Maduro, mas enfatiza que é necessário “provar que está certo”.
“Eu estou convencido que é um processo normal, tranquilo, o que precisa é que as pessoas que não concordam tenham o direito de provar que não concordam e o governo tem o direito de provar que está certo”, afirmou.
Na noite de segunda-feira, 29, a líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado garantiu que tem “como provar” a vitória da oposição, representada por Edmundo González sobre Maduro.
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O CNE, por sua vez, condecora Maduro como vencedor do pleito com 51,2% dos votos nas urnas contra 44% de González, após a abertura das urnas realizada na madrugada de segunda, 29, pelo horário de Brasília.
Durante entrevista, Lula ainda afirmou que a imprensa trata o caso como a “Terceira Guerra Mundial”.
Lula disse que é “obrigação” dos adversários reconhecer o resultado das eleições após a divulgação das atas.
“Na hora que forem apresentadas as atas e for consagrado que as atas são verdadeiras, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral na Venezuela. Maduro sabe perfeitamente bem que quanto mais transparência houver, mais chance de tranquilidade para governar a Venezuela ele terá”, disse.