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Trump ameaça novas tarifas contra a China e cancela possível encontro com Xi Jinping

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, endureceu o discurso contra a China nesta sexta-feira (10). Ele acusou o país asiático de controlar as exportações de elementos usados na produção de terras raras, ameaçou aumentar tarifas e afirmou que não há mais motivo para se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping.

Os dois líderes teriam um encontro previsto para o fim do mês, nos bastidores da Cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), na Coreia do Sul. Segundo Trump, “agora não há motivo algum” para que a reunião ocorra. Pequim não havia confirmado oficialmente o encontro.

Em publicação na Truth Social, o republicano disse que os Estados Unidos estudam um “aumento massivo” nas tarifas de importação sobre produtos chineses e que outras medidas retaliatórias estão sendo avaliadas. A decisão pode reativar a guerra comercial entre Washington e Pequim, suspensa após negociações diplomáticas no início do ano.

Trump também afirmou que a China tem enviado comunicados a outros países anunciando planos de restringir a exportação de elementos usados na produção de terras raras — um grupo de 17 minerais essenciais para a indústria tecnológica, presentes em chips, celulares e computadores.

“Ninguém jamais viu algo assim; isso congestionaria os mercados e tornaria a vida difícil para praticamente todos os países do mundo — especialmente para a própria China”, escreveu o presidente. “Mas os EUA também têm posições monopolistas muito mais fortes. Eu simplesmente nunca escolhi usá-las antes — até agora.”

As declarações de Trump provocaram reação imediata nos mercados. O índice S&P 500 caiu 2%, enquanto investidores migraram para títulos do Tesouro americano, fazendo os rendimentos recuarem. O preço do ouro subiu e o dólar perdeu força frente a outras moedas.

A Casa Branca e a embaixada chinesa em Washington ainda não comentaram o caso. A China, que produz mais de 90% das terras raras processadas do mundo, anunciou na quinta-feira (9) o acréscimo de cinco novos elementos à lista de controle de exportações e novas exigências a empresas estrangeiras que utilizem materiais chineses.

Metro1, 10/10/2025

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