
Após ser preso em uma operação contra um esquema de adulteração de combustível e lavagem de dinheiro, o empresário Jailson Couto Ribeiro, magnata dos postos na Bahia, virou alvo de uma ação judicial da Raizen, distribuidora da Shell no Brasil.
De acordo com informações do Uol, Jau, como é mais conhecido, está sendo processado por uso indevido da marca. Isso porque, mesmo após romper contrato com a empresa, ele continuou utilizando a bandeira da petroleira em seus postos.
Sendo assim, o investigado usou, desde o ano passado, a identidade visual da marca para vender combustível ligado a um esquema do Primeiro Comando da Capital (PCC). Por isso, ele teria quebrado contrato de exclusividade e prejudicado a imagem da Shell.
Para mascarar o esquema, Jau utilizava CNPJs criados em nome de laranjas nos endereços de seus postos. Esses registros serviriam para comprar combustíveis de empresas ligadas ao PCC, deixando limpo o CNPJ oficial dos 200 postos que tinha.
Vida de luxo e influência
O investigado, que já foi candidato a prefeito de Iaçu e é dono de uma rede de combustíveis na Bahia, foi preso em um hotel de luxo em Lençóis, na Chapada Diamantina, região famosa por atrair turistas de todo o mundo.
Apesar de não ter sido eleito para o cargo de prefeito de Iaçu, o empresário sempre teve uma força política e empresarial na região por ser dono de uma das maiores redes de postos de combustíveis do país. Além dele, oito pessoas foram detidas, sendo seis na Bahia, uma no Rio de Janeiro e outra em São Paulo.
Em Feira de Santana, cidade do interior da Bahia, foram capturados Wesley Márcio Duda, Gilvan Couto Ribeiro, Diego do Carmo Santana Ribeiro e Pedro Henrique Ramos Ribeiro. No Rio de Janeiro, a prisão foi de Israel Ribeiro Filho, enquanto em São Paulo, o alvo foi Mário Kadow Nogueira.
Fonte: Por Wendel de Novais/Correio da Bahia,
Publicado em 27 de outubro de 2025 às 10:00
 
				 
					


