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A guerra do Rio de Janeiro com 119 mortos

Ação policial contra o crime organizado nos complexos da Penha e do Alemão deixa um rastro de 119 mortos e escancara a crise da segurança pública no país.

 

Horror e morte na Cidade Maravilhosa

Símbolo do Brasil, admirado mundo afora por sua beleza e exuberância, o Rio encerra um lado soturno, violento e mortífero, onde se aloja o crime, a corrupção, o tráfico e todo tipo de miséria humana. Nos últimos dias, o que existe de pior na cidade veio à tona a reboque de mais uma ação policial que tentava combater o tráfico e o crime organizado em dois imensos complexos de favelas, nas franjas da metrópole.

O resultado, com seus 119 mortos oficialmente contabilizados, extrapolou tudo o que se viu até hoje. O Rio tem um longo histórico de iniciativas de combate ao crime organizado. Houve o momento das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), em que bases policiais foram instaladas em favelas e, por algum tempo, trouxeram uma paz ilusória e fugaz.

E ocorreram ações bombásticas e letais – não tanto quanto a atual. A questão é que passado o choque, o organismo maligno do crime se recompõe e volta a governar os bolsões de pobreza da cidade. Sem apoio do estado, sem políticas públicas, educação, trabalho decente ou perspectivas de vida para a juventude, a população segue abandonada à mercê do mal, sufocada e humilhada numa das cidades mais lindas do mundo.

 

 

 

 

 

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