
Durante a nova fase da Operação Sem Desconto, foram presos sete suspeitos de envolvimento nas fraudes do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que causaram prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões e lesaram aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. A ação foi deflagrada nesta quinta-feira, 13, pela Polícia Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União).
O trabalho em conjunto dos agentes federais e auditores da CGU resultou no cumprimento de 73 ordens judiciais expedidas pela Justiça:
- 10 mandados de prisão preventiva;
- 63 mandados de busca e apreensão.
Os detidos nessa ação foram:
- Alessandro Stefanutto – ex-presidente do INSS;
- Antônio Carlos Antunes Camilo, conhecido como “Careca do INSS”;
- Vinícius Ramos da Cruz – presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT);
- Tiago Abraão Ferreira Lopes – diretor da Conafer e irmão do presidente da entidade, Carlos Lopes;
- Cícero Marcelino de Souza Santos – empresário ligado à Conafer;
- Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior – também integrante da Conafer;
- André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Crimes investigados e penas
Os investigados nesta fase da Operação Sem Desconto podem enfrentar acusações por uma série de crimes graves que atentam contra a administração pública e a Previdência Social.
Os crimes em apuração incluem:
- Inserção de dados falsos em sistemas oficiais: fraude utilizada para viabilizar os descontos indevidos;
- Constituição de organização criminosa: estrutura utilizada para operacionalizar o esquema em nível nacional.
- Estelionato previdenciário: o crime central do esquema, lesando os beneficiários do INSS;
- Corrupção ativa e passiva: envolvimento de agentes públicos ou privados no esquema;
- Atos de ocultação e dilapidação patrimonial: tentativas de esconder ou destruir bens provenientes do crime.
Além das investigações de PF e CGU, o escândalo do INSS também é apurado na esfera legislativa, com uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) responsável por colher os depoimentos dos suspeitos.
Fonte: ISTOÉ, 13/11/2025



