O Bahia decidiu reintegrar o meia Juan Ramirez, após a perícia contratada pela agremiação não ter comprovado a denúncia feita por Gérson, do Flamengo, que acusou o colombiano de ter praticado injúria racial na partida contra o rubro-negro carioca, no último domingo (20), no Maracanã. A decisão foi anunciada pelo clube nesta quinta-feira (24).
“Os laudos das perícias em língua estrangeira contratadas pelo Bahia não comprovam a injúria racial e o clube entende que, mesmo dando relevância à narrativa da vítima, não deve manter o afastamento do atleta Índio Ramírez ante a inexistência de provas e possíveis diferenças de comunicação entre interlocutores de idiomas diferentes. O papel do Bahia é de formação e transformação, sempre preservando os direitos fundamentais e a ampla defesa. O atleta deverá ser reincorporado ao elenco tão logo os profissionais da comissão técnica e psicólogos entendam adequado”, diz o clube, por meio de nota.
MEDIDAS ANUNCIADAS PELO BAHIA
- Inclusão de cláusula anti-racista, xenofóbica e homofóbica no contrato dos atletas.
- Proposta de criação de protocolo antidiscriminatório para jogos de futebol no Brasil.
- Implantação do projeto “Dedo na Ferida” para o elenco na pré-temporada. Não haverá jogador ou jogadora que vista a camisa do Bahia sem que tenha antes a oportunidade de obter acesso a uma imersão sobre racismo estrutural.
- Encaminhamento junto à mesa do Conselho Deliberativo do clube para incorporação de cotas raciais nas próximas eleições.
- Inclusão de espaço no Museu do Bahia dedicado ao combate e debate do racismo, xenofobia, sexismo e LGBTfobia e demais formas de intolerância.
- Apoio ao projeto de lei que Cria o Dia Nacional Da Luta Contra o Racismo no Futebol
Fonte: Bahia Noticias, 24/12/2020