
A Bahia registrou 788 casos de catapora, entre janeiro e agosto de 2025, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O número representa um aumento de 10,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram notificadas 704 ocorrências. Dos registos contabilizados este ano, até o dia 23 de agosto, 319 deles concentram-se em Salvador, 40 em Itapetinga, 34 em Camaçari, 27 em Porto Seguro e 26 em Itiúba. A preocupação dos especialistas é que a tendência é de aumento no número de casos, com fim do inverno e o início da primavera.
O infectologista acrescenta que a catapora é uma doença que precisa de atenção. Isso porque o contágio ocorre por meio de gotículas respiratórias, como tosse, espirro e saliva, além de objetos contaminados com o vírus, que pode aumentar a gravidade ao migrar para os órgãos internos. “Por conta disso, ao aparecer sintomas como erupções vermelhas na pele, seguida de coceira, febre baixa, mal-estar, cansaço, dor de cabeça, perda de apetite e infecção no ouvido, o indivíduo deve ficar em isolamento até que todas as lesões na pele se transformem em crostas, o que ocorre após cerca de 7 dias do início das manchas”, orienta.
Ele acrescenta também que os pais devem procurar uma unidade de saúde para o diagnóstico e início do tratamento mais indicado dos filhos. O mesmo vale para os adolescentes e adultos, que podem apresentar quadros mais severos da doença. “Enquanto a infecção em crianças é, geralmente, benigna e autolimitada, em adultos apresenta uma febre mais elevada e prolongada, lesões na pele mais acentuadas e complicações graves, como encefalite e pneumonia, que podem levar a óbito, principalmente em pessoas imunocomprometidas”, alerta.
Correio/BA, 04/09/2025