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Delegado diz que morte de empresário em pousada de Jaguaripe não foi suicídio

O delegado Rafael Magalhães disse nesta terça-feira (19) que concluiu o inquérito que apurava a morte do empresário Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia. De acordo com o delegado, o laudo apontou que o caso não foi um suicídio.

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Segundo Rafael Magalhães, o inquérito já foi remetido à Justiça. O delegado informou que suspeitos de envolvimento no caso foram indiciados, mas não revelou quantos e nem os nomes deles.

O delegado também não detalhou a participação da viúva Shirley Silva Figueredo, apontada como umas das suspeitas de envolvimento na morte do empresário, no crime. Ela continua foragida.

Na última semana, a Justiça determinou a manutenção da prisão temporária de Maqueila Santos Bastos, umas das investigadas por suspeita de envolvimento na morte de Leandro Troesch.

Maqueila é amiga de Shirley Silva Figueredo, esposa da vítima, Leandro Troesch. A viúva é considerada foragida da Justiça, porque há um mandado de prisão contra ela.

Ela também é investigada pela morte de Leandro. Ele foi achado morto dentro de um dos quartos da pousada no mês de fevereiro.

Além disso, as duas amigas também são investigada pela morte de um funcionário do estabelecimento. Conhecido como Billy, Marcel da Silva Vieira foi encontrado morto no dia 7 de março, mesmo dia em que prestaria depoimento sobre a morte do patrão.
Prisão e envolvimento de Maqueila
Maqueila Bastos teve a prisão temporária decretada no dia 14 de março. A suspeita respondia em liberdade a processos por estelionato e fez amizade com Shirley da Silva Figueiredo, esposa de Leandro, durante a prisão em 2021.

Ao ser liberada pela Justiça, ela trabalhou na pousada Paraíso Perdido, a qual o empresário era dono. Conforme informou o delegado Rafael Magalhães, Leandro Troesch não aprovava a amizade entre Shirley e Maqueila.

Uma foto publicada em uma rede social mostra que Maqueila tem o nome de Shirley tatuado ao lado do desenho de um coração, no braço direito. Na imagem, a suspeita usava uma aliança dourada contendo a letra S.

O empresário estava em prisão domiciliar na pousada pelo crime de sequestro e extorsão em 2001. Shirley da Silva Figueiredo também estava em prisão domiciliar, pelo mesmo crime.

De acordo com o delegado, após a Justiça determinar a soltura das duas mulheres, Shriley empregou Maqueila na pousada do marido. Quando Leandro foi solto, ele não gostou de saber da contratação da ex-presidiária e pediu para que a esposa demitisse Maqueila.

Leandro foi encontrado morto no mês de fevereiro, em um dos quartos da pousada. Shirley da Silva Figueiredo também é investigada pela morte do marido porque foi a única pessoa que estava próxima do empresário quando ele morreu. Ela teve prisão decretada no mesmo dia que Maqueila.

Shirley fugiu da pousada durante as investigações da morte do marido. Por causa disso, ela passou a ser considerada foragida da Justiça, já que não poderia deixar o local sem se comunicar. O advogado de defesa de Maqueila, Paulo Pires, nega participação dela na morte de Leandro.

Além da morte de Leandro, a polícia investiga se Maqueila teve participação na morte de Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy. Ele era funcionário de Leandro e, considerado pela polícia, testemunha chave para esclarecer as circunstâncias da morte do empresário.

Entenda o caso:

Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, foi encontrado morto dentro de um dos quartos do estabelecimento, com marca de tiro na cabeça, em 25 de fevereiro deste ano.

Até o momento, o crime está cercado de mistérios. O empresário já havia sido preso e condenado a 14 anos de prisão por crimes de sequestro e extorsão cometido em 2001. Em 2022, ele estava em prisão domiciliar na pousada.

A viúva, Shirley da Silva Figueiredo, disse à polícia que estava no banheiro e somente ouviu o barulho do tiro. Dias depois da morte de Leandro, no início de março, Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy, que era o “braço direito” do empresário, foi assassinado a tiros e tinha marca de golpes de faca no corpo.

Ele era uma testemunha fundamental na investigação. Marcel, que tinha envolvimento com drogas, foi morto no dia 6 de março, às vésperas de ser ouvido pela polícia, no distrito de Camassandi, que também fica em Jaguaripe.

O homem, que era funcionário de confiança de Leandro, prestou depoimento logo após a morte do empresário, mas seria ouvido, mais uma vez, um dia depois de ser assassinado.

O delegado Rafael Magalhães afirmou que o cofre da pousada foi esvaziado e que o local do crime foi alterado, após a morte do empresário Leandro Troesch.

Fonte: G1, 19/04/2022

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