
O consumo de álcool é um tema de saúde pública urgente, associado a cerca de 49 mil mortes por ano na França, de acordo com o Ministério do Trabalho, Saúde e Solidariedade. Os danos do consumo regular de álcool à saúde são significativos, abrangendo múltiplos sistemas do corpo.
O álcool é classificado como uma “neurotoxina direta”, uma substância capaz de prejudicar ou destruir o sistema nervoso. Em entrevista ao jornal The Sun, o neurologista Richard Restak destacou que esse dano induzido pelo álcool afeta diretamente a função cerebral e a memória.
O consumo excessivo de álcool também tem sido ligado ao início precoce de quadros de demência.
A idade crítica para a eliminação do álcool
Para mitigar esses graves riscos à saúde cerebral, Richard Restak, autor do livro Como Prevenir a Demência: Um Guia Especialista para a Saúde Cerebral a Longo Prazo, fez uma recomendação crucial em sua obra:
“Sugiro fortemente que pessoas com 65 anos ou mais eliminem o álcool de sua dieta de forma completa e permanente.”
Síndrome de Wernicke-Korsakoff: a demência ligada ao álcool
Segundo o neurologista, existe uma forma específica de demência associada ao consumo excessivo de álcool: a Síndrome de Wernicke-Korsakoff.
Esta síndrome se manifesta pela “perda grave da memória recente” e é um “resultado do efeito direto do álcool no cérebro”, explicou o Dr. Richard Restak. O consumo excessivo e prolongado de álcool pode, a longo prazo, induzir uma deficiência de vitamina B1, fator que pode desencadear a síndrome de Wernicke-Korsakoff.
Correio/BA, 15/12/2025



