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FMI passa a ver crescimento abaixo de 1% para o PIB do Brasil em 2023

O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu a perspectiva de crescimento econômico do Brasil para este ano, passando a ver uma expansão de 0,9% em seu relatório Perspectiva Econômica Global, bem abaixo do cenário visto para a América Latina e Caribe.

A atualização das projeções, divulgada nesta terça-feira (11), representa uma redução de 0,3 ponto percentual em relação ao cálculo para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil feito em janeiro, quando o FMI elevou ligeiramente sua estimativa feita no mês anterior, e fica bem abaixo do crescimento efetivo de 2,9% registrado em 2022.

Na contramão, o Banco Central aumentou no final do mês passado sua projeção de crescimento econômico em 2023 para 1,2%, contra patamar de 1% anteriormente. O Ministério da Fazenda é, de longe, o mais otimista, calculando uma expansão de 1,61% para o PIB neste ano.

O desempenho do Brasil estimado pelo FMI fica bem aquém daquele calculado para a América Latina e Caribe, região que, segundo o relatório, deve crescer 1,6% em 2023 e 2,2% em 2024.

E fica ainda mais longe das estimativas de crescimento para Mercados Emergentes e Economias em Desenvolvimento, do qual o Brasil faz parte, respectivamente de 3,9% e 4,2% para este ano e o próximo.

“Para o mercado emergente e economias em desenvolvimento, as perspectivas econômicas são em média mais fortes do que para economias avançadas, mas essas perspectivas variam mais amplamente nas regiões”, apontou o FMI.

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não concorda com avaliações de que o PIB do Brasil vai crescer menos de 1%, e disse que a economia do país avançará mais do que o estimado por aqueles que classificou de pessimistas.

O FMI também fez projeções para outros dados econômicos na revisão de seu relatório. O fundo calcula que o Brasil terá em 2024 uma inflação em média de 5,0%, indo a 4,8% em 2024. Ao final de cada ano, o aumento dos preços foi calculado em 5,4 e 4,1%, respectivamente. Já para o desemprego, o FMI calcula taxas de 8,2% e 8,1% neste ano e no próximo.

 

 

 

 

 

R7, 11/04/2023

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