
Jonathan Martins, de 29 anos, confessou à Polícia Civil ter matado Ana Clara Veloso, de 19 anos, em Ubá (MG), após uma discussão sobre o valor de um programa sexual marcado por aplicativo.
Segundo ele, o combinado era R$ 700, mas ele queria parcelar o pagamento, o que teria gerado o conflito.
Garota de programa foi morta após discussão sobre pagamento
O celular de Ana Clara não foi localizado no local do crime, mas mensagens obtidas por meio de uma amiga revelam que a vítima havia sido contratada para atender um cliente que solicitava “uns fetiches meio doidos”, oferecendo R$ 700 pelo serviço.
“Essa captura de tela foi encaminhada por intermédio de outra pessoa. Não conseguimos acessar os arquivos diretamente, já que o celular dela não foi encontrado. O que sabemos é que, no dia do crime, o suspeito tentou contato com várias mulheres que realizavam esse tipo de serviço, mas só conseguiu contratar a vítima de 19 anos”, explicou o delegado em entrevista à TV Band Minas.
Nas conversas, ainda é possível notar que o contato do suspeito era acompanhado por um versículo bíblico. Ana Clara também teria compartilhado a captura de tela com a amiga, mostrando que Jonathan mencionava “assistir uns vídeos bem pesados”, com conteúdo de abuso sexual.
O inquérito segue em andamento, com análise do laudo de necropsia e vestígios coletados, e deve ser concluído na próxima semana.
Outros crimes
Além disso, a Polícia Civil ouviu uma adolescente de 16 anos que disse ter tido um relacionamento com Jonathan. O caso ainda está em apuração.
O suspeito também é apontado como responsável por um homicídio ocorrido em junho em Volta Redonda (RJ). “Ele foi indicado como suspeito pela família e pelo crime organizado de lá, o que indica que ele veio fugido para Minas Gerais. Estamos em contato com a Polícia Civil do Rio de Janeiro”, completou o delegado.
Após cometer o crime, Jonathan deixou o corpo na porta de sua casa e seguiu sua rotina normalmente, indo trabalhar no dia seguinte. Ele permanece preso no Presídio de Ubá, assistido pela Defensoria Pública.
Correio/BA, 14/09/2025