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Maioria concorda com novas operações no RJ; aprovação de Castro dispara, diz Quaest

Para 58% dos entrevistados a operação foi um sucesso e para 32% foi um fracasso

Uma pesquisa Genial/Quaest, divulgada após a operação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, mostra que a maioria dos entrevistados aprova a ação e acredita que o governo estadual deve continuar realizando operações em comunidades. Os números mostram que 64% aprovou a ação, ante 27% que desaprovam, 6% que são neutros e 3% que não responderam.

Na visão de 58% dos entrevistados a operação foi um sucesso, ao passo que 32% consideram um fracasso e 10% que responderam que depende ou que não sabem.

Todavia, a maioria dos entrevistados (52%) considera que o Rio está menos seguro após a operação, percentual que supera a quantidade de pessoas que considera o ambiente mais seguro (35%) ou não respondeu (13%).

O apoio é praticamente total dentre os eleitores que se identificam com a direita e entre quem votou no presidente Jair Bolsonaro em 2022. Entre os que se declaram de esquerda, há mais resistência, embora parte desse grupo também considere as ações necessárias.

O levantamento, feito com a população fluminense, também indica que a percepção sobre segurança pública no estado se mantém crítica, com 87% respondendo que o RJ vive uma situação de guerra.

A maioria dos entrevistados (74%) admite ter algum medo de reações do tráfico após a ação.

A operação que resultou em dezenas de mortes e prisões teve ampla repercussão nacional. Segundo a pesquisa, praticamente todos os entrevistados tomaram conhecimento da ação.

Outro ponto abordado é a percepção sobre a capacidade do governo estadual de enfrentar o crime organizado. A maioria considera que o governo do Rio não consegue lidar sozinho com o problema e precisa de apoio federal.

Nesse mesmo sentido, a avaliação da maioria (53%) é de que o Governo Federal não tem ajudado. Outros 24% avaliam que a União tem ajudado pouco e 14% consideram que tem ajudado muito.

Aprovação de Cláudio Castro

O levantamento ainda avaliou a aprovação do governador Cláudio Castro. A maioria dos entrevistados (53%) declarou aprovar a gestão do governador, com índices mais altos entre homens e entre quem mora na região metropolitana do Rio.

Vale lembrar que a aprovação saltou 10 pontos percentuais (p.p.) ante a última pesquisa, realizada em meados de agosto.

A avaliação positiva é menor entre jovens e entre os que têm ensino superior. Quando o recorte é político, a aprovação de Castro cresce entre os eleitores de Bolsonaro e cai entre os de Lula.

Em relação à segurança pública, os fluminenses avaliam que Castro tem atuado de forma satisfatória, saindo de 22% dos entrevistados que consideram positiva a gestão do governo para atuais 39%.

Os que consideram regular saíram de 33% em agosto para atuais 27%. A parcela que mostra percepção negativa também caiu, de 45% em agosto para 34% em outubro.

A pesquisa também perguntou sobre a declaração recente de Lula, que afirmou que “traficantes são vítimas dos usuários de drogas”. A maior parte dos entrevistados disse já ter ouvido essa fala e considerou a declaração negativa.

A rejeição é ampla entre os eleitores de direita e mais moderada entre os de esquerda. A maioria dos entrevistados (84%) disse não concordar com a ideia de que traficantes sejam vítimas, mostrando uma rejeição de ambos os lados do espectro político.

Metodologia

pesquisa Genial/Quaest sobre a operação policial nos complexos do Alemão e da Penha foi realizada no estado do Rio de Janeiro e ouviu 1.500 pessoas, considerando eleitores de diferentes faixas etárias, níveis de renda, escolaridade e posicionamento político.

O levantamento seguiu metodologia quantitativa, com entrevistas presenciais e aplicação de questionário estruturado, garantindo representatividade geográfica e sociodemográfica da população fluminense.

As margens de erro variam de acordo com o grupo analisado, girando em torno de três a cinco pontos percentuais, dentro de um intervalo de confiança de 95%.

 

 

 

 

 

 

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