
Vidraças estilhaçadas, telhas caídas, piso tremendo e uma grande nuvem de fumaça se aproximando. Este era o cenário da casa de Michele Santos, 28, na segunda (9), durante a explosão do depósito de fogos de artifícios na região rural de Simões Filho, a 29 km de Salvador. Michele é moradora de uma das 11 casas danificadas pelo impacto.
O delegado titular da 22ª delegacia de Simões Filho, Leandro Acácio, informou que, nesta terça-feira (10), foi realizada a perícia no local da explosão e que, em breve, também serão feitas as perícias das casas de dois moradores prejudicados que registraram ocorrência. Segundo a Defesa Civil, há relatos de casas afetadas em regiões mais distantes, mas seus moradores não foram identificados, nem prestaram queixa.
O sócio e proprietário da empresa de fogos de artifício CF Pirotecnia Ltda, Ricardo Ferreira, explicou que possui autorização do Exército e do Corpo de Bombeiros Militar, além do alvará de localização e funcionamento. O paiol era monitorado através de câmeras e vigias e, segundo o empresário, não há motivos técnicos ou estruturais que justifiquem o ocorrido. Ele foi nas casas afetadas para avaliar, junto com a prefeitura, o reparo das residências. Ferreira afirmou que comprou lonas para as casas em que o teto sofreu danos.
Michele Santos confirmou a visita do prefeito na região, que pediu para os moradores redigirem uma carta à prefeitura registrando os estragos. O CORREIO entrou em contato com a prefeitura, mas até o fechamento estaa matéria não obteve retorno.
Fonte: Correio/BA, 10/11/2020