
Neste sábado, Bolsonaro disse que viu o julgamento “com tristeza e afirmou que o Supremo “interfere demais na vida de todo mundo”.
“No meu entender, não caberia ao Supremo decidir essa questão. A Câmara e o Senado aprovaram. Nós sancionamos sem qualquer vício de origem. Caberia apenas, no caso como esse, no meu entender, o relator [ministro Roberto] Barroso simplesmente não conhecer disso”, disse o presidente em entrevista à CNN Brasil.
Ele afirmou que é difícil governar com a atuação do Supremo, que segundo ele, extrapola as próprias atribuições.
“Difícil você governar com o Supremo agindo com ativismo judicial, nunca visto na história do Brasil. Espero que após as eleições essas questões voltem à normalidade. E cada um entenda do seu papel. Eu entendo o meu, o Legislativo o dele. E o Judiciário, que é o Supremo Tribunal Federal, o dele. Fica difícil”.
Ele citou também as decisões sobre a redução do IPI. “Como, por exemplo, questões de IPI. Supremo interferiu. A gente quer baixar o imposto. O Supremo não deixa. Questão de armas. Não fomos além da lei. E agora, eles decidem, eles legislam. É inacreditável, é ruim para o Brasil. É péssimo”.
“Essa questão dos enfermeiros. Pouco mais de dois milhões de profissionais. E o piso não é essas coisas toda, não. R$ 4.600, 4.700. Não é nada que a iniciativa privada não possa pagar. No caso do Executivo, nós arranjamos recursos, onde porventura, nós estaríamos devendo. Arranjamos recursos. É lamentável. Minha solidariedade a todos os enfermeiros do Brasil”.
Fonte: Atarde, 18/09/2022



