
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, enviou ofício à Presidência da República e ao Ministério da Justiça, solicitando que a Polícia Federal entre na investigação do caso de esquema de apostas revelado após denúncia do Ministério Público de Goiás. O objetivo pretendido pela confederação é que todas as informações a respeito dos casos em investigação sejam centralizadas.
Em nota, Ednaldo também descartou paralisar o Campeonato Brasileiro em meio ao escândalo de manipulação de resultados envolvendo jogadores das duas principais divisões do futebol nacional. O Ministério Público de Goiás já denunciou 16 pessoas à Justiça, entre atletas e empresários, por suspeita de esquema em partidas das Séries A e B do ano passado, além de torneios estaduais de 2023.
O dirigente assumiu, porém, que há dano à imagem da competição. Assim, ele disse pensar em um modelo mundial de investigação de manipulação com a Fifa, como uma medida preventiva.
A ideia do presidente da CBF é convocar os clubes brasileiros para discutir o tema, através de videoconferência. O objetivo é mostrar o que tem sido feito, assim como pensar em medidas para coibir as armações.
“Quero mostrar a documentação com a Fifa. As medidas que a CBF pode fazer, a contribuição para inibir a situação. Já agora na próxima reunião envolvendo clubes das Séries A, B, C. Eles estão em atividade, então podemos fazer por videoconferência. Mostrar o que é feito e todas as providências que estão sendo tomadas”, falou.
Outros atletas fizeram acordo com o MP. São eles: Kevin Lomónaco, do Bragantino; Moraes, ex-Juventude e hoje Atlético-GO; Nikolas Farias, zagueiro do Novo Hamburgo-RS; e Jarro Pedroso, atacante do Inter de Santa Maria-RS.
Correio/BA, 10/05/2023