
A promotora de Justiça, Thelma Leal, falou sobre a recomendação por parte do Ministério Público (MP-BA) pela manutenção da torcida única nos estádios no clássico disputado entre Bahia e Vitória. O documento foi divulgado na manhã desta terça-feira, 19.
“Diria que não é incapacidade, e sim, falta de interesse por parte do poder público para resolver. Não tivemos iniciativa nesse sentido. Estou nessa promotoria há pouco tempo. Depois do que vi no Maracanã, verifiquei que a situação lá é muito melhor que aqui em termo de circulação. Estou com esperança de resolver no primeiro semestre”, disse Thelma.
Ainda na entrevista, a promotora explicou que a decisão acontece em razão dos casos de violência registrados ao longo deste ano. Um levantamento realizado pelo MP-BA apontou diversas falhas de segurança no que dizem respeito ao entorno dos estádios, algo que possibilitaria casos de violência.
“Ao longo do ano registramos diversas notícias de violência entre torcidas. As duas principais, TUI e Bamor, estão impedidas de entrar nos estádios, mas seus representantes estão livres para frequentar os jogos. A decisão pela manutenção da torcida única é baseada em provas concretas de violências que aconteceram esse ano. No último jogo do Bahia [Bahia x Atlético Mineiro pelo Brasileirão] temos relatos de uma verdadeira praça de guerra que teve a ladeira da Fonte Nova como palco”, completou.
Sobre os critérios para melhorar a segurança, Thelma apontou a necessidade de cadastro único dos torcedores por parte das federações, reconhecimento facial, melhorar aspectos de comercialização de ambulantes e de garrafas de vidro no entorno do estádio, entre outros fatores.
Em 2024, pelo menos quatro clássicos Ba-Vi’s estão previstos. O número pode aumentar para até 10 jogos, com possíveis cruzamentos das equipes nas fases mais avançadas do Campeonato Baiano e Copa do Nordeste.
Atarde, 19/12/2023



