
O candidato governista Santiago Peña foi eleito neste domingo, 30, o novo presidente do Paraguai, consolidando o poder nas mãos do Partido Colorado, que governa o país ininterruptamente por quase 70 anos. Aos 44 anos, ele é considerado um tecnocrata de pouca experiência política. Estudou na Universidade Columbia, em Nova York, e foi ministro da Economia durante o governo de Horácio Cartes.
Ainda assim, ele é a aposta do longevo Partido Colorado para se sustentar por mais cinco anos à frente da nação sul-americana em meio ao crescimento social descontentamento com a corrupção e deficiências na saúde e na educação.
Ele rejeita a legalização do aborto porque, em sua opinião, parece “o mais fácil, um atalho”. E se diz decidido a defender a família “em sua composição tradicional: mamãe, papai e filhos”
A medida foi um duro golpe para Peña, que não só perdeu apoio financeiro para a campanha como teve que se distanciar, pelo menos publicamente, de seu mentor.
Alguns analistas alertaram para as dificuldades que Peña pode enfrentar como presidente eleito se Cartes fosse extraditado para os Estados Unidos ou preso no Paraguai.
“Não há governança garantida”, afirmou a historiadora e analista política Milda Rivarola. “Ele terá o grave problema de ter metade ou mais do Partido Colorado contra ele”, disse o especialista, referindo-se à linha interna liderada pelo atual presidente Mario Abdo Benítez, que está em desacordo com Cartes. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS).