O pai de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos que morreu ontem (19) após ser espancado por seguranças do Carrefour em Porto Alegre, acredita que o assassinato do filho “só pode ter sido racismo”.
“Quando eu cheguei lá [delegacia], eu perguntei para o segurança: ele bateu em alguém, roubou alguma coisa? Ele disse que não, que ele agrediu porque foi agredido primeiro. Mas não tinha sinal de agressão, não tinha hematoma. Se é assim, eu entendo que só pode ter sido racismo”, disse João Batista Rodrigues Freitas, de 65 anos, que, quando chegou ao supermercado na Zona Norte da cidade, já encontrou seu filho na ambulância, sem vida.
Os seguranças estão presos e vão responder por homicídio por asfixia por dolo eventual. Um deles é policial militar temporário e estava fora do horário de serviço. “Eu quero que seja feita Justiça. É nesses casos que a gente só espera que seja feita justiça, entende? As pessoas querem uma resposta”, diz João Batista.
Fonte: Metro1, 20/11/2020