Muitos aliados defendem que Jair Bolsonaro (PL) não concorra mais em eleições, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. A ideia é fazer com que o presidente da República, ao deixa o cargo, se torne uma espécie de “FHC da extrema-direita”, ou seja, alguém que emprestará seu prestígio a outros candidatos, mas sem voltar a disputar pleitos.
Um nome que aparece com potencial para se tornar a principal liderança da extrema-direita do país é o do recém-eleito governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os aliados acreditam que o ex-ministro da Infraestrutura conseguiria representar o campo político de forma civilizada, desmilitarizada, ampla e menos radical do que Bolsonaro.
No entanto, será preciso convencer Bolsonaro a cumprir papel semelhante ao de Fernando Henrique Cardoso, que quando deixou a Presidência da República em 2001, após oito anos no cargo, tinha menos popularidade do que o atual chefe do Executivo Federal.
Eleição
A vitória de Lula na eleição presidencial foi confirmada às 19h58 do último domingo, 30, com 98,86% das urnas apuradas. O petista foi presidente do Brasil pela primeira vez entre os anos de 2003 e 2010. Seus governos foram marcados pelo avanço da economia e da educação, colocando o país entre as seis maiores potências do mundo.
Após os primeiros mandatos, Lula deixou a Presidência da República com uma aprovação de 87%, registrando recordes na história do país, segundo o Ibope. Nas eleições de 2010, o PT conseguiu se manter no poder e elegeu a ex-presidente Dilma Rousseff, que ganhou a reeleição em 2014 e sofreu impeachment em 2016, acusada de crime de responsabilidade.
Atarde, 06/11/2022