O câncer colorretal é um tumor maligno que afeta o reto do intestino grosso, atingindo com mais frequência os homens, ficando logo atrás apenas do câncer de próstata e de pulmão. Para alertar a população sobre a doença nasce a campanha “Setembro verde”, realizada pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia.
No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 40.990 casos, sendo 20.520 em homens e 20.470 em mulheres. Cerca de 70% dos pacientes diagnosticados com a doença têm mais de 50 anos de idade. Esse tipo de enfermidade é altamente curável, porém na maioria dos casos muitas pessoas não observam os sintomas e procuram um especialista em um estágio mais avançado. A média de cura não ultrapassa os 50%.
Ramon Mendes, especialista em Coloproctologista membro titular da sociedade brasileira de Coloproctologia explica quais são os sintomas do câncer colorretal, além de destacar a importância do diagnóstico precoce.“Os sintomas mais comuns normalmente são sangramento, diarreia frequente, alteração do hábito intestinal,constipação, anemia, dores abdominais, perda de peso, muco e sangue nas fezes”,descreveu.
Para ele, a prevenção precoce da doença é muito importante. Para isso é necessário que faça exames rotineiros, sempre com a orientação médica. É necessário que o paciente realize um exame para avaliar o sangue oculto nas fezes. Se o resultado por vez der negativo o paciente não precisa se preocupar, mas caso os sintomas prossigam, o aconselhável é procurar um especialista.
A principal forma de prevenção da doença silenciosa é um exame endoscópico do intestino grosso e do reto, podendo incluir a porção distal do íleo.É realizado principalmente para detecção de pólipos, que podem sofrer transformação para malignidade, visando a detecção e retiradas dos pólipos antes de se degenerarem em câncer.
“O exame da colonoscopia é indicado a partir dos 45 anos, na qual faz um rastreamento dos pacientes com câncer colorretal, apresentando os sintomas a gente faz esse exame mais precoce ou se tem histórico familiar de câncer colorretal, fazemos com aproximadamente 10 anos”, complementa Ramon Mendes.
A previsão para 2020 é que tenha 20.000 pessoas do sexo masculino e 20.000 pessoas do sexo feminino no Brasil com a doença cancerígena
O estilo de vida do paciente também pode ocasionar no fator de risco da doença cancerígena, pois o convívio com uma alimentação irregular, dieta inadequada, tabagismo, alcoolismo, obesidade e a falta de atividade física pode levar o desenvolvimento da patologia. Além disso, evidências científicas mostram que o consumo de carne vermelha está relacionado ao aumento do risco de câncer colorretal.
O câncer colorretal pode ser operado por via laparoscópica, que é uma forma minimamente invasiva. “Cada vez mais, porém, percebemos que a plataforma robótica se apresenta como a opção com o maior número de benefícios associados no tratamento do câncer intestinal”, frisou Ramon Mendes.
Fonte: Tribuna da Bahia, (03/09/2020)
