O Democratas (DEM) e o Partido Social Liberal (PSL) aprovaram, nesta quarta-feira, 6, a fusão das duas legendas em convenção realizada em Brasília. O novo partido se chamará União Brasil e o número será o 44. A união ainda precisa ser aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Para o presidente do DEM e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, a nova sigla representa um caminho para a pacificação do país. “A junção do DEM e do PSL é o somatório de forças para servir de base para o caminho da pacificação e do diálogo construtivo”, disse.
“A União é a conjunção de esforços para a prosperidade e paz dos brasileiros. Queremos reunir o melhor da força construtiva de cada cidadão desse país”, completou Neto, que foi empossado secretário geral da nova legenda.
O ex-prefeito disse ainda acreditar que o União Brasil tem a oportunidade de chegar em 2022 como “o partido mais vitorioso nas urnas”. O agora secretário geral repudiou, também, o que classificou como “extremismo e populismo irresponsável”: “Estaremos sempre abertos ao diálogo com outros partidos”, destacou.
O União Brasil nasce com a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 83 assentos na casa legislativa, e a quarta maior do Senado Federal, com 8 representantes, atrás de MDB (15), PSD (11) e Podemos (9).
A presidência do novo partido ficará com o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar. “Esse momento é um marco. A união entre dois grandes partidos como o PSL e DEM. Ainda precisamos da chancela do TSE, mas já estamos trabalhando como um partido só. O União Brasil já nasce com grandes quadros e queremos ser protagonistas já em 2022 buscando uma candidatura presidencial viável para a sucessão do governo atual”, afirmou Bivar.
Presidente do DEM em Salvador, o vereador Duda Sanches, presente na convenção que sacramentou a união das duas legendas, comemorou o movimento. “No momento em que um Brasil dividido não evolui nas políticas econômicas e sociais, o União Brasil chega representando o equilíbrio com a força de um partido que será o de maior representação no Congresso e na maioria dos estados”, afirmou Sanches.
No DEM, a votação foi feita por aclamação, com a dissidência do ministro do Trabalho e da Previdência, Onyx Lorenzoni (RS), e todos os delegados do partido no Rio Grande do Sul. No PSL, o processo se deu por cédulas e foi aprovado por unanimidade.
Eleições estaduais
Segundo ACM Neto, além da candidatura nacional, o novo partido também já planeja as eleições no âmbito estadual. “Já estamos tratando a composição dos estados e como cada um vai ficar. Vamos instituir novas comissões provisórias e o caminho é sempre o do diálogo, de buscar união, fazendo jus ao nome do partido para conciliar todos os interesses. Mas já temos um desenho definido, mas não oficializamos antes de conversar com todos”, explicou ACM Neto.
“Não vamos nominar candidatos a governador, deputados ou senadores. Seria precipitado agora até porque são decisões pessoais também. Mas teremos um número significativo de candidatos a governadores, senadores e, principalmente, deputados federais e estaduais”, pontuou Bivar.
O PSL tem, atualmente, a maior bancada da Câmara, com 54 deputados. No Senado, o partido tem dois representantes. Já o Democratas tem 28 deputados, a 11ª maior bancada. No Senado, o partido tem seis representantes, além do presidente da Casa, e do Congresso, Rodrigo Pacheco, de Minas Gerais.
Fonte: Atarde, 06/10/2021