
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou o reajuste de 6% no preço médio do diesel, anunciado pela Petrobras neste sábado (1º). O aumento elevou o valor do litro para R$ 3,72 nas distribuidoras, sendo o primeiro ajuste em mais de um ano.
Para auxiliares do Planalto, o reajuste era inevitável e seus impactos na sociedade devem ser pequenos. Eles argumentam que o aumento não tem efeito inflacionário imediato, ao contrário da gasolina. Além disso, destacam que, mesmo com o ajuste, o preço do diesel ainda é R$ 0,77 mais barato do que no final do governo Jair Bolsonaro (PL).
Aumento do ICMS preocupa
O governo federal atribui parte da pressão no preço dos combustíveis ao aumento do ICMS nos estados. Segundo previsões, o diesel e o biodiesel devem subir R$ 0,06 por litro, enquanto a gasolina e o etanol terão um aumento de R$ 0,10 por litro.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) criticou os governadores, afirmando que o reajuste ocorre em um cenário de recorde de arrecadação dos estados. “A culpa pelo aumento no preço dos combustíveis é dos governadores ao aumentarem o ICMS sobre a gasolina e o óleo diesel”, declarou.
Na última quarta-feira (29), a diretoria da Petrobras apresentou ao conselho de administração um balanço sobre a política de preços. A estatal argumentou que, apesar de defasagens em relação ao mercado internacional, a venda de combustíveis segue dentro dos parâmetros estabelecidos, garantindo competitividade.