O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu as investigações realizadas no âmbito da Operação E$quema S, deflagrada no dia 9 de setembro, que apura supostos desvios no Sistema S. A informação foi divulgada ontem (3) pela Folha.
Na decisão, o ministro suspendeu medidas como ação penal sobre o caso, buscas e apreensões em escritórios de advogados. Também foram suspensas medidas cautelares contra eles, como quebra de sigilos. A decisão atende a pedido de cinco representações da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O magistrado ainda determinou que a 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro (RJ) não realize nenhum ato de investigação sobre fatos direta ou indiretamente relacionados ao caso, sob pena de nulidade.
A operação, que é um desdobramento da Lava Jato, teve como alvos advogados suspeitos de envolvimento em um esquema de tráfico de influência que, segundo o Ministério Público Federal, desviou R$ 151 milhões do Sistema S — que engloba Fecomércio, Sesc e Senac. Ela se baseia em informações do acordo de delação premiada do ex-presidente destas instituições, Orlando Diniz.
Entre os alvos da operação, estavam os advogados Frederick Wassef (que representou a família Bolsonaro), Ana Tereza Basílio (defesa do governador afastado do Rio Wilson Witzel) e Cristiano Zanin e Roberto Teixeira (advogados do ex-presidente Lula), assim como filhos de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os políticos não são investigados e os advogados negam ter cometido irregularidades.
Fonte: Metro1, (04/10/2020)