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Modelo morre atropelada ao andar de bicicleta em Vitória do Espirito Santo

A modelo Luísa Lopes, de 24 anos, morreu na noite da sexta-feira (15) depois de ser atropelada no bairro Jardim da Penha, em Vitória (ES), quando andava de bicicleta.

Segundo a Polícia Militar, ela foi atingida pelo carro dirigido pela corretora de imóveis Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos, por volta das 20h. Há suspeita de que outro veículo também esteja envolvido. Não foi confirmado se o sinal estava fechado para a motorista. A PM suspeita que o carro estava em alta velocidade.

Adriana foi presa em flagrante, mas a Justiça concedeu liberdade provisória à motorista diante de pagamento de R$ 3 mil de fiança.

A corretora pagou o valor e deixou o sistema penitenciário na noite do sábado, segundo a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou à Gazeta.

Na decisão pela soltura, o juiz José Leão Ferreira Souto ainda reduziu a fiança arbitrada em R$ 5 mil pela polícia para R$ 3 mil. Na audiência de custódia, a motorista foi autuada no artigo 306 da Lei 9.503/97. que fala de dirigir alterada em razão de álcool ou outra substância. A pena é de seis meses a três anos de prisão, multa e suspensão ou proibição da permissão para dirigir.

A decisão informa que a polícia foi até o local do acidente para atender uma ocorrência de trânsito com morte. Lá, os policiais receberam informação de que a vítima teria sido atropelada por outro veículo e arremessada contra o carro de Adriana. Com sinais de embriaguez, segundo a Polícia Militar, a motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro.

O juiz entendeu que Adriana não representa risco “à ordem econômica, à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei” estando livre, levando em conta que tem residência fixa, ocupação e é ré primária.

Adriana tinha sinais de embriaguez, segundo PM (Foto: Reprodução/TV Vitória)
A decisão proíbe Adriana de sair da Grande Vitória sem autorização da Justiça e determina que ela não pode frequentar bares e similares. Ela deve ficar em recolhimento domiciliar das 20h às 6h e comparecer a todos os atos do processo.

Atropelamento
Luísa atravessa a faixa de pedestres com a bicicleta quando foi atingida por um carro. Há suspeita de que ela tenha sido atingida por outro carro e então arremessada na direção do carro dirigido por Adriana.

Os policias que atenderam a ocorrência afirmaram que a motorista tinha sinais de embriaguez, mas se recusou a fazer o bafômetro. Detida em flagrante, ela foi encaminhada ao Centro Prisional Feminino de Cariacica, de onde saiu após pagar fiança.

Com o impacto no carro de Adriana, a ciclista foi arrastada por vários metros. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionada e prestou socorro inicial, mas Luísa morreu ainda no local.

Adriana negou ter bebido e alegou que havia feito uso apenas de um medicamento para depressão.

Em vídeo gravado pouco depois, ela aparece conversando com policiais. “Tenho (consciência do que aconteceu). Quero meu carro pra trabalhar e olha como meu carro está”. A policial responde que o estado do carro não é nada diante da morte de uma pessoa, que teve a “cabeça estourada”.

“Eu estourei a cabeça dela porque ela passou na minha frente”, diz Adriana.

Amigos e família lamentam
Além de modelo, Luísa também era passista da escola de samba Unidos de Jucutuquara e estudande de Oceonagrafia na Universidade Federal do Espírito Santo. Ela morava só na capital.

“Não está sendo fácil para a gente. É uma dor não só de saudade, mas de revolta de como tudo aconteceu. Ela era muito nova pra deixar a gente, a família, os amigos, os sonhos que ela queria para vida dela”, disse ao G1 ES Larissa Santos, coordenadora das passistas da Jucutuquara.

O pai de Luísa, Ivan Lopes, foi liberar o corpo da filha e contou que ela estava perto de se formar e estudava inglês, fazendo planos para morar no Canadá. “Os sonhos dela foram interrompidos. A vontade é de chorar e chorar”.

Fonte: Correio/BA, 17/04/2022

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